quinta-feira, 22 de setembro de 2016


NUM ERMO E IMENSO TERRITÓRIO A POUCO MAIS DE MEIA LÉGUA DO MAR ATLÂNTICO É CONSTRUÍDO UM CONVENTO PARA ONDE VÊM MEDITAR RELIGIOSOS EREMITAS

Convento da Cella-Nova ou Convento de Nª Sª da Rosa - 4 Cronologia e Bibliografia relevantes
Imagem de N.ª S.ª da Rosa da igreja do Convento Paulista, em Lisboa
 
Cronologia relevante para o Convento da Cella-Nova (Nª Sª da Rosa)
1385 – 1433 D. João I
1410 – Mendo Gomes de Seabra funda em Barriga, Termo de Almada, o Convento da Cella Nova, da Ordem dos Eremitas de São Paulo, Primeiro Eremita, chamado mais tarde de Nossa Senhora da Rosa.
1413 – É feita uma doação aos “pobres” eremitas por subscrição feita por frei João de Aragão, frei Francisco Vaz e frei Lourenço.
1438 – 1481 D. Afonso V
1442 – O quadro com a pintura de Nª Sª da Rosa não consta do testamento elaborado nesta data por Mendo Gomes de Seabra.
1445 – Fernando Pobre é nomeado maioral do Convento da Cella Nova.
1458 – Pela bula “Speciali gratia” o papa Pio II concede a isenção do pagamento da dízima sobre os frutos das herdades da provença.
1466 – Consta da lista das casas sujeitas à Serra de Ossa. A partir do primeiro quartel do século XVI, a casa já surge referida como de Santa Maria da Rosa.
1472 – (12 de Dezembro) o Pontífice Sisto IV, a pedido de D. Isabel Gomes da Sylva, viúva de Pedro Gonçalves Malafaia, Vedor da Fazenda e Capitão de Ceuta, e filha do 2º Senhor de Vagos, funda a freguesia de Nossa Senhora do Monte que mais tarde se chamou e Caparica.
1481 – Morre Mendo Gomes de Seabra no Convento de Alferrara.
1521 – 1557 D. João III
1527 - O quadro com a pintura de Nª Sª da Rosa consta do inventário realizado por uma visitação ao Convento já designado por de Nª Sª da Rosa.
1529 – (13 de Janeiro) Data do documento mais antigo em que se encontra o nome de Caparica e se menciona o sítio de Brielas.
1557 – 1578 D. Sebastião
1575 – O convento dos eremitas acolhe a sepultura de D. Anna de Ataíde e seu marido D: Jorge de Abranches na capela-mor, que eles próprios mandaram construir.
1598 – 1621 D. Filipe II
1620 – Os religiosos do Convento de Nª Sª da Rosa seriam nesta data de treze, segundo Nicolau de Oliveira.
1621 – 1640 D. Filipe III
1623 – Morre com fama de santo Frei Domingos da Caridade, natural de Monsaraz (lugar de Caridade) que se distinguiu pelas suas “religiosas virtudes” como, igualmente, pelos milagres que lhe foram atribuídos.
1640 – 1656 D. João IV
1645 – A este cenóbio seriam anexados os bens do extinto Mosteiro da Junqueira.
1750 – 1777 D. José I
1758 – Após o terramoto de 1755, em resultado das Memórias Paroquiais de 1758, fica-se a saber que o Convento ainda existe e que o Conde de S. Lourenço é o seu padroeiro.
1826 – 1853 D. Maria II
1834 – No âmbito da “Reforma geral eclesiástica” empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão de Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
1836 – O Convento de Nª Sª da Rosa terá nesta data conhecido o seu ocaso atendendo à conjuntura vivida na época.
 
Bibliogafia relevante para o Convento da Cella-Nova (Nª Sª da Rosa)
COSTA, P. António Carvalho da, “Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do famosos Reyno de Portugal com as notícias das fundações das Cidades, Villas & Lugares que contém; Varões illustres, Genealogias das Famílias nobres, fundações de Conventos, Catalogos dos Bispos, antiguidades, maravilhas da natureza, edificios & outras curiosas observaçoens”, tomo III, Lisboa, Officina de Valentim da Costa Deslandes, 1708
CARDOSO, Padre Luiz, “Diccionario Geografico ou notícia histórica de todas as cidades, villas , lugares e aldeas, Rios, Ribeiras, e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve, com todas as cousas raras, que nelles se encontrão, assim antigas, como modernas”, tomo II, Lisboa, Regia Officina Sylviana, Academia Real, 1747
SANTA MARIA, Frei Agostinho de, “Santuário Mariano e História das Imagens milagrosas, de Nossa Senhora, E das milagrosamente aparecidas, em graça dos Prégadores, & dos devotos da mesma Senhora”, t. II, Que compreende Imagens da Nossa Senhora, que se venerão no Arcebispado de Lisboa, Lisboa, Officina de António Pedrozo Galrão, 1707
OLIVEIRA, Nicolau de, “Livro das Grandezas de Lisboa”, Lisboa, Iorge Rodrigues, 1620
CARDOSO, Jorge, et al., “Agiologia Lusitano dos sactos e varones ilustres em virtude do reino de Portugal”, Volume I, Lisboa, Officina Craesbeekiana, 1652
PINHO LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de, “Portugal Antigo e Moderno - Diccionario Geographico, Estatistico, Chorografico, Heraldico, Archeologico, Historico, Biographico e Etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias. Se estas são notaveis, por serem patria d’homens celebres, por batalhas ou noutros factos importantes que nellas tiveram logar, por serem solares de familias nobres, ou por monumentos de qualquer natureza, alli existentes. Notícia de muitas cidades e outras povoações da Lusitania de que apenas restam vestígios ou somente a tradição”, Volume VIII, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira, 1873
VIEIRA JUNIOR, Duarte Joaquim, “Villa e Termo de Almada. Apontamentos antigos e modernos para a História do Concelho”, Lisboa, Typographia Lucas, 1896
CONDE DOS ARCOS, “Caparica através dos Séculos”, Almada, 1972
CONDE DOS ARCOS, “Caparica através dos Séculos II – Roteiro”, Almada, 1974
FLORES, Alexandre e CANHÃO, Carlos, “Chafarizes de Almada”, CM Almada – Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, Almada, 1994
BALINHA; Hélio, “Convento de Nossa Senhora da Rosa – anotações históricas”, in Anais de Almada, 4, Almada, 2002
FONTES, João Luís Inglês, SERRA, Joaquim Bastos, ANDRADE, Maria Filomena, “Mosteiro de Nossa Senhora da Rosa da Caparica”, Inventário dos Fundos Monásticos-Conventuais da Biblioteca Pública de Évora, Edições Colibri, 2010
FUNDIS, “Mosteiro de Nossa Senhora da Rosa da Capariva”, Fundos Documentais de Instituições do Sul
TT, “Mosteiro de Nossa Senhora da Rosa da Caparica”, Arquivo Nacional da Torre do Tombo

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